A insuficiência cardíaca (IC) é considerada atualmente um importante problema de saúde pública com elevada mortalidade e morbidade, a despeito dos avanços da terapêutica atual. Dados recentes da American Heart Association (AHA) estimam prevalência de 5,1 milhões de indivíduos com IC somente nos Estados Unidos, no período de 2007-2012. Acredita-se que nos próximos 15 anos, haverá aumento de 46% nos casos de IC, resultando em mais de 8 milhões de pessoas acima dos 18 anos de idade com IC em 2030. O aumento da expectativa de vida, em parte irá explicar tal aumento da prevalência, uma vez que a IC acomete mais comumente faixas etárias mais elevadas.
50% de todos os pacientes internados com IC são readmitidos dentro de 90 dias após a alta hospitalar e essa readmissão hospitalar é um dos principais fatores de risco para morte nesta síndrome,
As queixas são podem ser inespecíficas e o diagnóstico difícil. Os sintomas são frequentemente atribuídos a outras causas como a idade avançada, o excesso de peso, o sedentarismo, ou a outras doenças como a anemia ou a insuficiência renal que, não raramente, coexistem com a insuficiência cardíaca. Estes quadros clínicos, frequentemente subvalorizados por doentes e médicos, são de diagnóstico e início do tratamento tardios, permitindo que a doença evolua, comprometendo a qualidade de vida e a sobrevida dos doentes.
A responsabilidade é de todos e é possível fazer melhor. Existem hoje formas de prevenção e de tratamento que permitem melhorar não só os sintomas e a qualidade de vida dos doentes, como impedir ou atrasar a progressão da doença.
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